"Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje. No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe.
Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel uma aristocrata dos anos 1920 irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall. Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, afim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury."

Autora: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 574
Classificação: 4/5
Formato da leitura: Físico

A estória se inicia no ano 2001 com o aniversário de Anahita Chaval, na Índia, onde durante uma conversa em particular com Ari Malik, seu bisneto, ela lhe entrega uma carta com muitas páginas contendo sua estória de vida. Anahita entrega esse tesouro à Ari pois acredita que ele poderá descobrir o paradeiro de seu filho perdido.

Esse filho morreu há anos, mas Anahita acredita piamente que a certidão de óbito que recebeu a tantas décadas é falsa, apesar de todos ao seu redor acreditarem que ela era maluca por não aceitar a morte de seu filho.

Após alguns capítulos, já no ano de 2011, conhecemos Rebecca Bradley, uma atriz americana que para fugir dos holofotes e da pressão para aceitar se casar com seu namorado famoso e rico, porém com problemas com drogas e bebidas, viaja para a Inglaterra para gravar um novo filme.

O filme será gravado em Astbury Hall e Rebecca acaba se hospedando no local e fica desconcertada com o fato de que ela se parece e muito com Violet, a avó do atual herdeiro de Astbury, Anthony. Violet também fora uma americana jovem e bela de fama e riqueza.

Em outro continente, Ari, após dez anos sem mexer na carta de sua avó, finalmente decide ler sua história e viajar até Astbury Hall e conversar com Anthony sobre a relação familiar de Anahita com os Astbury, para então conseguir descobrir sobre o filho perdido dela. Anthony a princípio, não quer ajudar Ari, pois pensa que ele está interessado na renda dos Astbury. Uma renda que, após a morte de seu avó Donald, apenas diminuiu.

Décadas antes, Anahita, após a morte de seu pai, vai morar com sua mãe no Palácio da Lua em Jaipur. Após algum tempo ela se torna amiga de Indira, uma princesa que sonhava em ser domadora de tigres e encontrar o amor verdadeiro. Porém, na Índia a cultura dos casamentos arranjados é muito enraizada, perincipalmente entre principados.

Indira e Anahita vão à Inglaterra estudar em um colégio interno e passam uma temporada em Astbury Hall e lá Anahita conhece Donald e imediatamente uma amizade se estabelece entre os dois. É interessante notar o choque cultural que as duas meninas indianas experimentam na Inglaterra, onde ainda havia preconceito racial.

Como todo o livro de Lucinda Riley, somos levados a viajar para o passado e presente, e de quebra conhecemos outras culturas. O livro mostra muito sobre a cultura indiana e sobre as belezas da arquitetura, culinária e moda da Índia.

Eu amei a escrita de Lucinda e a maneira de como ela desenvolveu esta estória, mostrando tanto sobre a cultura indiana como a aristocracia inglesa. Os personagens principais são bem construídos e o mistério que permeia o livro nos impele a continuar a leitura e devorar suas mais de 500 páginas a fim de descobrir o desfecho desta estória.

Recomendo este livro para todos que apreciem um romance histórico que atravesse gerações, e também para quem goste de aprender mais sobre outras culturas, como a indiana.

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